terça-feira, 27 de abril de 2010

Quantas doses de latim?


Se, por um lado, tem algo belo no ufanismo dos que evitam estrangeirismos, por outro, é ingênuo supor que há como conter as permanentes influências entre as línguas.

Sabia que, em filologia (estudo da história das línguas), evoluir significa simplesmente mudar? Poético, não?

Mas tudo tem um limite.

Falemos do latinismo.

Não há dúvidas de que um texto fica mais limpo quando usa “no caso” em vez de "in casu", “perigo da demora” em vez de "periculum in mora", “condição indispensável” no lugar de “conditio sine qua non”.

Cada um tem seu estilo. O problema é que a comunicação se faz com a participação de outra pessoa. Fique à vontade para ser vaidoso. Muitas vezes pega bem.

Se tem que ajuizar uma ADI em matéria tributária, vá em frente com seu rebuscamento. Garanto que os membros do STF entenderão (apesar de alguns não gostarem). Só não me diga que parece minimamente plausível despejar latim numa sentença trabalhista cujo principal destinatário será um empregado doméstico.

--> Clicando na foto acima, uma imagem incrível do Coliseu, presente da Wikipédia.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Pedaços de língua crua - 2

Inale a lógica da ortografia com estes exemplos:

multirreincidente
socioeducativas
locaute
infraconstitucional
vultoso
metaindividuais
sub-rogar